Vista sua melhor roupa, calce seu melhor sapato, acerte no
perfume, afine os ouvidos, estufe o peito e convide aquela bela dama
para um passeio pela pista.
Leve-a para um desfile pelo salão. Você que conduz, você que define a
coreografia, seus braços e tronco mostram o caminho, mas é ela que
brilha.
A dança de salão é uma atividade de Homem e de Mulher ou melhor
ainda, de um Cavalheiro e uma Dama, sem machismos, feminismos ou outros
idiotismos. Simples (e delicioso) assim.
Dança de Salão é somente para idosos? Reveja seus conceitos, meu caro
Vindo da nobreza européia que curtia principalmente a valsa, gerou,
para nossa alegria, ritmos variados em diversos cantos do mundo como o
Forró, Samba de Gafieira, Soltinho e Tango.
Dizem as lendas que a dança de salão é o caminho mais curto entre “desconhecida” e “abraçados com sua boca a 3 dedos da orelha da dama”.
Dizem as lendas que a dança de salão é o caminho mais curto entre “desconhecida” e “abraçados com sua boca a 3 dedos da orelha da dama”.
Tudo com respeito é claro, o que menos se precisa num baile é de
homens que não sabem tratar uma mulher como a dama que ela merece (o
mesmo para as damas, mas isso tem se mostrado menos frequente).
Fazendo par com os 8 tempos que marcam a maioria dos ritmos da dança
de salão, falarei sobre os principais 8 ritmos que possuem destaque no
Brasil.
1. Bolero
Começemos com o Bolero. Seus avôs dançavam, seus
pais dançavam, por que você dançaria? Pegue um clima mais romântico, bem
no estilo dos gênios do romantismo já mencionados aqui no PdH, um passo
básico gostoso de dançar agarradinho e falar besteiras no ouvido da
dama e um repertório que permite fazer pequenos shows em momentos menos
apegados.
Libere o brega romântico apaixonado e curta esse ritmo que além de muito agradável, serve de porta de entrada para muitos dançarimos de salão.
Por onde começar a ouvir? “No” – Shakira
2. Tango
Vamos avançar para o Tango, que junto com o vinho
foi provavelmente a melhor coisa que já veio da Argentina. Os hermanos
do rio da Prata criaram esse estilo e são os melhores no gênero.
Característico pelo porte, leveza dos passos, sutileza na condução e
liberdade. Ao contrário da maioria dos outros estilos, não existe um
“passo básico”, e é aí que reside sua maior beleza e sua maior fraqueza.
Nada de “sair com a direita”, “para frente com a esquerda”, muito
antes pelo contrário, a liberdade é imensa. Essa liberdade é que assusta
alguns iniciantes, mas não se acanhe e lembre-se que o estilo menos
complicado de começar é aquele que você mais gosta.
Por onde começar a ouvir? “Santa Maria” – Gotan Project
3. Salsa
Seguindo a jornada, passemos por um estilo mais caliente, expansivo, alegre e descontraído. Que venha a Salsa!
No Brasil conhecemos basicamente 2 estilos, a salsa Los Ângeles, que é
mais dançada nos salões e a salsa de roda de casino, ou salsa Cubana,
que lembra muito a nossa quadrilha de festa Junina com seus passos
combinados e berrados em bom tom pelo comandante da roda, para o azar de
sua parceira.
Parceira essa que de quando em vez recebe carta de alforria e se
separa do parceiro para que ambos possam executar passos independentes
conhecidos como “shines”. Muitos giros e energia explosiva, essa dança
vale mais do que dezenas de aulas de aeróbica e centenas de terapia. Se
tornou um dos meus favoritos, tamanha é sua energia.
Por onde começar a ouvir? “Yamulemao” – Joe Arroyo
4. Samba
Pulando para o estilo seguinte temos o querido Samba.
Ponha seu melhor sorriso na cara, ligue o seu senso de malandro que só a
vida no morro te dá e entre na pista, mesmo que você tenha sido criado
pela avó até os 46 anos e nunca tenha se afastado dos bons costumes. Se
entregue ao ritmo muito conhecido por nós. Seja sozinho, exibindo o
samba no pé ou conduzindo a sua dama com firmeza numa gafieira doida.
É relativamente fácil encontrar bons sambistas no pé, mas poucos são
os que dominam a arte de dançar com a dama. Não sabem o que estão
perdendo, entre “ganchos”, “tranças”, “rodos” e “chicotes” eu passo a
noite sem preocupações.
Por onde começar a ouvir? “Samba do grande amor” – Chico Buarque
5. Valsa
Sigamos para Valsa que ao contrário dos demais
estilos desse artigos, que são baseados em 4 tempos, a valsa e firmada
nos 3 tempos. Esqueçam as festas de 15 anos e casamentos, a valsa vai
bem além disso. Um dos mais populares estilos em danças de competição,
onde os passos são milimetricamente estabelecidos, visando sempre a
elegância e estilo.
No Brasil dançamos pela simples diversão e convenção social, mas na
Europa é esporte e levado a sério. Como esporte, a valsa engatinha no
Brasil (junto com outros estilos como quickstep, slow fox e outros),
impulsionada por eventos como 1º Congresso Internacional de Dança Esportiva.
6. Soltinho
Seja acrobático ou mais contido, mas seja
Outro velho conhecido é o Soltinho. Embora a dança, de origem brasuca, seja pouco difundida, é muito divertida de dançar. Filho direto do Rock europeu, ganhou ares mais brasileiros sem perder as origens. É um estilo mais descontraido, uma brincadeira no salão.
Com muitos giros e jogos de perna, é conhecido por Soltinho por não usar a posição clássica de dança de salão, isto é, mais colado com a dama, e sim algo que lembra (de longe) a posição da salsa, pois o contato é basicamente entre as mãos. É também o estilo que tem-se mais chance de se dançar em uma boate, isso se você conseguir espaço na pista.
Por onde começar a ouvir? “She Bangs” – Ricky Martin
7. Zouk
Avançando por outros terrenos temos o Zouk. “Sexo em pé”, “sexo de roupa”, “dança do acasalamento”, são alguns apelidos para esse filho sensual da lambada. Exageros a parte, esse é o estilo que mais permite uma sensualidade explícita (lembrando que sensualidade e vulgaridade são diferentes e distantes).A batida é simples e direta, acompanhada por vocais muitas vezes em francês. Os movimentos da dança muitas vezes simulam uma pequena guerra dos sexos, mas pelo sorriso de quem dança, essa batalha vai longe. É um estilo que permite movimentos bem independentes do tronco e do quadril e é nessa liberdade que reside sua sensualidade. É um dos estilos que comecei a aprender por último e estou curtindo muito.
Por onde começar a ouvir? “Hotel California”, versão Zouk. (Para uma adaptação mais gradual)
8. Forró
Forró, maior pagação de língua que já tive na dança. Sempre gostei de dançar, qualquer estilo, mas o forró foi o único para qual eu torcia o nariz. Considerava brega, meloso e anos depois me vi procurando lugar para dançar forró numa quarta feira. O ritmo é gostoso e simples, uma dança menos técnica, tudo isso por um motivo bem simples: uma música dançada com uma mocinha interessante faz a gente esquecer qualquer técnica.Por onde começar a ouvir? “Menino Angola” – Menina do Céu (ou qualquer outra dessa banda!).
Postagem show de bola adorei
Retirado de .:
http://papodehomem.com.br/dana-de-salo-ou-8-maneiras-de-divertir-sua-dama/